quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dica


Se você se identificou com os protestos organizados pelos estudantes! E quer participar vai uma dica Entre na Comunidade do orkut " Movimento Exú Tranca Ruas" SSA. A comunidade Exu tranca Ruas foi criada para divulgar o movimento que integra a Revolta do Buzu 2011 contra o aumento da passagem.
São mais de 3.577 jovens só na comunidade orkut lá você ira encontra outros links, twitter, agenda de atividades e protesto, vai poder expressar sua opinião e dar apoio a esta causa Justa..

Estudantes fazem novo ato contra aumento de tarifa de ônibus

SP: Estudantes fazem novo ato contra aumento de tarifa de ônibus
O Movimento Passe Livre (MPL) realiza nesta quinta-feira (20) um novo protesto contra o reajuste das passagens de ônibus em São Paulo. A concentração é na Praça do Ciclista, na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, às 17h.

Na última quinta (13), mais de 700 manifestantes realizavam uma passeata tranquila até que um desentendimento entre alguns estudantes e a Policía Militar desencadeou uma reação violenta na região da praça da República. Segundo o MPL, uma pessoa foi presa naquele momento, e mais 30 depois da dispersão dos estudantes. Todos foram encaminhados para o 3º Distrito Policial, no centro da cidade, e liberados no mesmo dia. Não houve nenhuma acusação formal contra os manifestantes.

O estudante e militante do MPL Leonardo Cordeiro afirma que o movimento defende um transporte que seja efetivamente público, custeado pela prefeitura e entendido como direito básico. "O transporte precisa ser gerido e planejado de forma realmente democrática, com participação dos usuários e dos trabalhadores do setor. Somente assim poderá haver um salto na qualidade e na organização do sistema de transporte público."

Cordeiro ressalta que o MPL considera que os aumentos evidenciam "uma lógica que trata o transporte público como mercadoria" e que a cada reajuste se amplia a exclusão das pessoas que podem utilizá-lo.

Flash Mob

No final da tarde de terça-feira (18) o movimento realizou um flash mob no Terminal Bandeira. Segundo o MPL, a ação durou cerca de 20 minutos e os manifestantes, com cartazes e apitos, distribuíram panfletos para os usuários do terminal. Os flash mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada.

Redes sociais

O MPL tem utilizado sua página no Facebook para divulgar os atos e fotos e reportagens sobre as manifestações. Nesta quarta-feira (19), foi publicada uma nota com orientações de segurança, que explica como os manifestantes devem se comportar durante o ato e como atenuar os efeitos do gás lacrimogênio.

Cordeiro destaca que as redes sociais têm ajudado o movimento a divulgar e repercutir as ações e que a internet é uma ferramenta importante. "À medida que não são todos os usuários de transporte público que têm acesso a ela ou participam de redes sociais, são importantes outras formas de mobilização que incluem panfletagens, eventos como a flash mob, reportagens e até mesmo os próprios protestos."

Fonte: Rede Brasil Atual

Truculência em SP: polícia atacou estudantes já na dispersão




Quinta-feira, às 17 horas, Praça dos Ciclistas (esquina das avenidas Consolação com Paulista): o segundo ato público contra o aumento da tarifa de ônibus na cidade de São Paulo, que passou R$ 2,70 para R$ 3.

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo
O primeiro, na última quinta-feira, reuniu cerca de mil manifestantes e acabou reprimido pelo Polícia Militar. Trinta e uma pessoas foram detidas e, pelo menos, dez ficaram feridas.

“Os detidos já foram liberados”, informa ao Viomundo a estudante de Direito Nina Cappello, do Movimento Passe Livre. “Por enquanto nenhum foi indiciado, não teve nenhuma acusação específica, foi só para averiguação. Quanto aos feridos, dois fizeram boletim de ocorrência e um realizou exame de corpo de delito.”

Nina é estudante de Direito, pertence ao Movimento Passe Livre e foi a responsável pela negociação com a Polícia Militar durante a manifestação.

Viomundo: As imagens iniciais mostram um ambiente tranqüilo. O que aconteceu?
Nina Cappello: Inicialmente a manifestação estava indo bem, mesmo. Trocaram três vezes o comandante militar da operação. Na terceira, quando assumiu o tenente Siqueira, o diálogo diminuiu bastante. Os policiais queriam que a gente liberasse uma faixa de trânsito. Mas, como tinha muita gente, foi difícil conter o pessoal. Uma pessoa foi detida e o problema começou. Acho, no mínimo, irônico, que uma manifestação pela melhoria do transporte público deva priorizar respeitar o espaço dos carros.

Viomundo: O que você fez na hora em que houve a primeira prisão?
Nina Cappello: Tentei conversar com os policiais que estavam com o manifestante detido. Eles foram logo me dizendo: “Acabou o diálogo, olha o tipo de pessoa que vocês trazem pra manifestação”. Aí, um policial jogou spray de pimenta no rosto de um manifestante que estava questionando a detenção.

O que a gente viu em seguida foi uma ação quase que irracional — aliás, muito racional para dispersar a manifestação — de todos os policiais, que passaram a atirar bombas e balas de borracha no meio da manifestação. Engraçado que o discurso deles era de que a gente precisava liberar uma faixa de trânsito, porque eles estavam ali para nos proteger e não queriam que fôssemos agredidos pelos carros. Só que os próprios PMs nos agrediram.

Viomundo: O que te impressionou mais?
Nina Cappello: A perseguição aos manifestantes que começou no centro da cidade após a dispersão, ou seja, o ato público já havia acabado . Em alta velocidade, carros de polícia passaram a percorrer o trajeto da manifestação – Praça da República – Câmara Municipal – Teatro Municipal –, em busca de pessoas que viram no ato.

Viomundo: A manifestação já não havia acabado?
Nina Cappello: Tinha. Mas dois grandes enquadros absolutamente casuais foram feitos após o final da manifestação.

Viomundo: O que é um enquadro?
Nina Cappello: A polícia para a pessoa para revistar. A manifestação já tinha acabado e a PM parou, aleatoriamente, dois grupos de manifestantes para revistar. Aí, 30 foram detidos. Nós chegamos a nos concentrar novamente na Xavier de Toledo, para prosseguir até a Câmara dos Vereadores, que era o local definido como final do ato, mas voltamos para tentar impedir um enquadro.

Infelizmente o resultado foi outro. Mesmo com pontos de ônibus lotados, mais bombas e balas de borracha foram lançadas, além de agressão física direta àqueles aqueles que entravam nos locais próximos para se proteger. Todos os detidos foram levados para o 3º Distrito Policial para averiguação. O despreparo da Polícia Militar nas detenções e na recusa de diálogo ficou evidente.

Viomundo: Mas vocês derrubaram um “posto de observação” da PM e quebraram vidros da loja de uma galeria?
Nina Cappello: A repressão teve início antes desses incidentes. Eles ocorreram quando o pessoal estava fugindo das bombas. Evidentemente não defendemos tais atitudes, mas elas foram reflexo da revolta com a repressão após a manifestação. É bom ressaltar que as armas utilizadas pelos policiais são absolutamente inapropriadas. Por exemplo, o gás pimenta é proibido contra civis pela Convenção de Genebra. Mas, aqui no Brasil, é largamente utilizado em manifestações públicas. As bombas de efeito moral, que deveriam ser lançadas, no mínimo, a 30 metros das pessoas, foram jogadas no meio da manifestação.

Viomundo: Olhando as fotos, vi policiais sem identificação. Isso é normal?
Nina Cappello: Policiais não podem andar sem identificação. Pela nossa experiência, quando os vemos tirando a identificação ou sem ela, já sabemos que provavelmente haverá repressão. Ficar sem identificação é o primeiro passo. Isso dificulta as nossas denúncias, pois a Corregedoria da PM não toma nenhuma atitude se não identificarmos os policiais agressores. Aliás, a maioria dos policiais que agrediram estava sem identificação.

Isso sem falar que várias pessoas que estavam fotografando a manifestação foram obrigadas, pelos policiais, a apagar as imagens. Um dos detidos teve seu cartão de memória esvaziado. É uma pena tanta disposição para reprimir uma manifestação cuja causa diz respeito a todos nós.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dilma quer quadro Abaporu em exposição no Planalto em homenagem à mulher



Símbolo dos mais representativos da pintura modernista brasileira, o quadro Abaporu, de autoria da pintora Tarsila do Amaral, deverá ficar no Brasil cerca de dois meses. A presidenta Dilma Rousseff está pessoalmente empenhada nas negociações para que a obra de Tarsila do Amaral faça parte da exposição comemorativa do mês da mulher.

O quadro pertence ao colecionador argentino Eduardo Costantini desde 1995, quando foi arrematado em um leilão, em Nova York, por US$ 1,5 milhão. De acordo com fontes do Planalto, as conversas estão bem encaminhadas para que o Abaporu, atualmente exposto no Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires (Malba), seja emprestado ao governo brasileiro para fazer parte da mostra que será montada no segundo andar do Palácio do Planalto, a partir da segunda quinzena de março.

Símbolo máximo da antropofagia brasileira, o nome Abaporu significa em Tupi, “homem que come gente”, uma referência à proposta modernista de “deglutir” a cultura estrangeira, fazendo uma releitura com base na realidade brasileira. O quadro foi pintado em óleo sobre tela em 1928. A pintora Tarsila do Amaral presenteou o Abaporu ao seu marido na época, o escritor Oswald de Andrade.

A exposição em homenagem à mulher deve reunir cerca de 50 obras de mulheres brasileiras em uma exposição aberta ao público. A Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) é a responsável pela curadoria e já está fazendo o trabalho de reunir as peças, entre esculturas e pinturas.

Muitas das obras que serão expostas fazem parte dos acervos de órgãos públicos, principalmente do próprio Palácio do Planalto, do Palácio do Itamaraty e do Banco Central. A Faap também é responsável pelo transporte de todo material até Brasília.

Além do Abaporu, também serão expostos quadros de Djanira e Anita Malfatti e esculturas de Maria Martins. A mostra vai reunir ainda as obras de uma geração mais recente de artistas brasileiras com reconhecimento internacional como Beatriz Milhazes e Adriana Varejão.

Portal Brasil

Os rumos do "poder jovem" no Oriente Médio e África

São interessantes os dados que publica Renato Rovai em seu bloghttp://www.revistaforum.com.br/blog/2011/02/21/direto-do-egito-a-juventude-e-o-segredo-da-primavera-islamica/, sobre o que chama de "Primavera Islâmica".
Segundo seus relatos, direto do front, na "Líbia e no Bahrein, aproximadamente 50% da população tem menos de 25 anos. Na África, a idade da metade da população é ainda menor, 20 anos ou menos". "Na Líbia, dos 6,4 milhões de habitantes, 47,4% tem menos do que 25 anos. No Egito, dos 82,9 milhões, 52,3%".
Diz ele que "são esses jovens que andam com celulares pelas ruas e que utilizam a internet em espaços públicos (porque ela ainda é cara para a maioria) que percebeu que o mundo ao qual estavam confinados era muito diferente daquele que acessavam".
Concordo.
Embora ele se refira a taxas desemprego de 10, 14%, o fato é que a falta de liberdades, onde se misturam, em muitos casos, regime ditatorial com rigidez religiosa, corrupção e muita pobreza, é um ambiente explosivo para jovens que compõem a maioria da população dessas nações e que, conhecendo outra realidade pela internet - como afirma Rovai e a Veja desta semana, numa chamada em que sugere que as redes sociais distanciam esses jovens do fundamentalismo islamita - lutam contra a falta de perspectivas em seus respectivos países e, claro, por liberdade: política, moral, sexual e por aí vai.
Essas nações vivem seus "maios de 68", onde juntam a condição em si de bônus/janela demográfica (como Europa nos anos 60) com vontade de implodir uma política que lhes tolhe como indivíduos e, corretamente, o desenvolvimento de suas sociedades como um todo. Mas, o fazem 50 anos depois.
Diferentemente da América Latina, que vive janela demográfica com democracia, essas rebeliões juvenis no Oriente Médio e África terão que cumprir dois papéis ao mesmo tempo: construir democracias e promover o desenvolvimento econômico soberano, que dependerá de forte investimento nessa própria "massa crítica revolucionária", os jovens em questão.
Mas o caminho político não é tão simples e pode levar ao inverso, basta ver o que o ocorre com a Líbia, onde a sanha pelo petróleo consegue imprimir, via redes sociais, outros sentidos para o levante anti-Kadafi; e no que já começa a ser ensaiado em Angola, grande produtora, no centro africano, de petróleo.
Sem cuidado, essa juventude pode ser levada a uma condição futura expressa nos relatos dos jovens sindicalistas da AFL-CIO, apresentados para a Juventude da CUT, na segunda-feira, num intercâmbio internacional, pelo que parabenizo a nossa central pelo pioneirismo em ser escolhida pela irmão estadunidense: 24% dos jovens americanos não conseguem pagar as suas contas; o poder aquisitivo do jovem norte-americano é 30% maior quando está no sindicato, mas no total de sindicalizados, apenas 4,3% tem entre 16 a 24 anos; estão hoje em uma situação pior que as dos seus pais, lembrando que não há hoje perspectiva para novos empregos, planos de saúde, e outros direitos sociais e econômicos.
Esse foi rumo que a economia americana neoliberal deu aos seus próprios jovens e será, no mínimo, o mesmo a ser dado para os jovens árabes, caso suas revoluções sejam guiadas pelo caminho de uma nova dependência, tanto que Gladys Cisneros, membro da juventude da AFL-CIO, concluiu seu relato aos jovens cutistas: "ambos (árabes e estadunidenses) são jovens, sem empregos e oportunidades. Em todos esses países, a economia não consegue gerar empregos suficientes para absorver a mão de obra jovem".

Conheça a Carta Aberta da Juventude à Presidenta Dilma Rousseff

Carta Aberta à Presidenta Dilma Rousseff
Por uma política de juventude articulada com o desenvolvimento do Brasil

Nós entidades, organizações do movimento juvenil brasileiro e ativistas das políticas públicas de juventude, reunidos em mais uma edição do Diálogo Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis avaliamos que por muito tempo o Estado Brasileiro tratou a temática juvenil de forma meramente reativa. Nos últimos anos, no entanto, o tema ganhou maior visibilidade devido à organização e esforço de movimentos juvenis, forças políticas e sociais que produziram relevantes iniciativas.

Acreditamos que o grande marco que representa o avanço nesta trajetória deu-se no Governo Lula com a institucionalização das PPJ no Brasil através da criação da Secretaria, do Conselho Nacional de Juventude e do ProJovem a partir de 2005. Tais iniciativas deixaram um importante legado e criaram condições concretas para que esta pauta avance ainda mais no Governo da Presidenta Dilma Rousseff.

A nossa juventude vem sendo contemplada também com mais Escolas Técnicas Federais, ampliação do acesso ao ensino superior com PROUNI e REUNI, mais cultura e esporte com os Pontos de Cultura e as Praças da Juventude, dentre outros diversos programas e projetos, que apesar de não serem exclusivos de juventude, beneficiam diretamente milhões de jovens no Brasil. Temos que valorizar o avanço e o fortalecimento que o Projovem integrado trouxe a política de juventude. Esse programa colaborou e ajudou a tirar as PPJs da invisibilidade, bem como garantir direitos para parcela da juventude brasileira mais excluídas.

Além disso, o Governo Lula optou por realizar um amplo processo participativo por meio da 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude que envolveu mais de 400 mil pessoas, num processo complexo de mobilização, onde 22 propostas foram priorizadas.

Compreendemos, entretanto, que a soma dos esforços realizados até agora, fazem parte de um ciclo inicial que cumpriu um importante papel até aqui, mas, que neste momento, não é suficiente para que as políticas de juventude se consolidem e sejam sustentáveis numa verdadeira política de Estado.

É imprescindível a forte presença e engajamento das juventudes partidárias, entidades e movimentos juvenis, intelectualidade e organizações da sociedade comprometidas com esta pauta, na caminhada pela emancipação da juventude e consolidação das políticas públicas de juventude.

Consideramos como fundamentais para que a Política de Juventude Brasileira possa avançar já nesse início de Governo Dilma os seguintes elementos:


· Estruturar Sistema Nacional de Juventude com os três entes federados (União, Estados e Municípios) articulados, buscando a equidade, tendo fontes de financiamento claras e específicas para as políticas de juventude com mecanismos diversos de controle e participação social da juventude nesse sistema;

· Trabalhar com a perspectiva de conferir “status ministerial” à Secretaria Nacional de Juventude, a exemplo da SEPPIR e SPM; Aprofundar a democracia participativa através do fortalecimento do Conjuve e da rede de conselhos de juventude e da realização da 2ª Conferencia Nacional de Juventude em 2011;

· Estruturar uma Política Nacional de Juventude Universal fortalecendo uma nova estratégia interministerial articulando e integrando os atuais e novos programas específicos de juventude;

Se faz necessário fortalecer a perspectiva geracional juvenil nas políticas públicas setoriais assegurando a transversalidade do tema; priorizar políticas públicas voltadas para a integração educação e trabalho, focando na reestruturação do Ensino Médio aproximando-o da realidade juvenil; reduzir a letalidade juvenil por homicídios ou por acidentes de trânsito; preparação para os cenários de Olimpíadas, Copa do Mundo, Pré-sal; e estruturação do serviço de banda larga. Sempre aprofundando a linha de investir e valorizar a diversidade juvenil combatendo o racismo, machismo e homofobia e impulsionar as políticas de inclusão social referenciadas no território.


Acreditamos na viabilidade dessas ideias e nos colocamos à disposição para juntos construirmos o próximo capítulo da história da política de juventude brasileira.


Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2011

4º Diálogo Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis

Kadafi já não controla metade da Líbia




MUNDO Noticias A força Popular continua.

Kadafi já não controla metade da Líbia

Bengazi, Tobruk e outras cidades estão nas mãos da população armada. Kadafi usa mercenários para impor o terror em Tripoli. Oficias da força aérea terão sido executados por se recusarem a metralhar civis.

Os primeiros repórteres a chegar às principais cidades do leste da Líbia, a região da Cirenaica, confirmaram que o coronel Kadafi perdeu o controlo de metade do país e luta para manter-se no poder na capital, Tripoli, e nas cidades vizinhas.

O correspondente do Guardian, o primeiro a chegar a Bengazi, descreve uma cidade controlada pela população armada e por militares que passaram para o seu lado. Os escombros do principal quartel da cidade testemunham o violentíssimo combate travado quando a população o tomou de assalto. Indignada, a população organizou-se para o assalto depois de um funeral que passava na rua ter sido atacado por soldados ou mercenários que estavam no quartel.

A queda do quartel e a destruição e saque da residência de Kadafi na cidade simbolizam a derrocada do poder na segunda cidade do país, de cerca de um milhão de habitantes, onde ficam as sedes das empresas petrolíferas. Martin Chulov, do Guardian, ouviu também oficiais do exército que afirmam que se decidiram a apoiar a revolta contra Kadafi porque este ordenou ataques da aviação contra os manifestantes, e por estar a usar mercenários para reprimir a população.

Jactos contra civis

O uso da aviação contra civis desarmados é, aliás, a marca mais espantosa da sanha assassina da ditadura. Na quarta-feira, um avião despenhou-se perto de Bengazi e os dois pilotos saltaram de pára-quedas por se recusarem a bombardear a cidade. A pista da base aérea de Bengazi foi destruída por um bombardeamento de aviões fiéis a Kadafi, quando este temeu que as forças pró-revolta se apoderassem dos aviões desta base. Há notícias não confirmadas de que 17 oficiais da força aérea terão sido executados por se terem recusado a bombardear civis.

A cidade de Tobruk, a 140 km da fronteira do Egipto também está em mãos de revoltosos. A correspondente do El País relata que desde dia 18 a cidade é controlada pela população em armas. A jornalista Nuria Tesón diz que os habitantes da cidade começaram a formar comités populares para organizar os serviços públicos. O mesmo acontece em Musaid, na frontera com o Egipto, e em Derna.

Ruas de Tripoli desertas

Os relatos que chegam de Tripoli falam de uma cidade na sua maior parte deserta, com forças pró-Kadafi patrulhando as ruas. Uma testemunha disse que muitos moradores esperam que manifestantes e soldados revoltosos cheguem do leste do país para ajudá-los.

O governo enviou um SMS convocando funcionários e outros trabalhadores às suas actividades, mas muitas pessoas têm medo de sair à rua. Um morador de Tripoli, citado pela BBC, disse: “Espero que os moradores não compareçam ao trabalho – esta pode ser uma forma de protesto pacífico. Ficaremos todos em casa por período indefinido”.

Dois navios de guerra estarão em posição frente à cidade, e um morador disse à BBC que médicos viram homens armados disparando em pessoas em hospitais.

Obama fala pela primeira vez

O presidente norte-americano Barack Obama falou pela primeira vez nesta quarta-feira sobre a situação na Líbia, e acusou as autoridades de violarem "as normas internacionais e a decência" e defendeu que os direitos humanos não são negociáveis e devem ser respeitados "em todos os países". Mas evitou pedir a renúncia de Kadafi.

Obama sublinhou que "como qualquer governo, o líbio tem a responsabilidade de travar a violência" e disse ainda que de todas as partes do mundo, Norte e Sul, Este e Oeste, "ouviram-se vozes a apoiar o povo líbio". Disse ainda que a sua equipa de segurança nacional irá trabalhar no sentido de preparar opções para lidar com a crise.

Em Bruxelas, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, condenou "as violações brutais e em massa dos direitos humanos" e considerou que os responsáveis pela violência deverão responder pelos seus actos. Mas não anunciou nenhuma medida concreta contra o regime de Tripoli.

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Brasil e Cuba produzem animação sobre solidão na infância


CULTURA - Brasil e Cuba produzem animação sobre solidão na infância
Era uma vez um país chamado Brasil, que decidiu fazer um filme para crianças. Para isso, pediu ajuda a outro país, chamado Cuba. E juntos criaram um desenho animado para crianças abandonadas. Não aquelas que vivem nas ruas, ou as órfãs, mas sim as que sofrem o abandono de querer falar e não serem ouvidas.

É para as que não escutam mais canções de ninar ou cantigas de roda, mas sabem de cor jingles publicitários. A elas é dedicado o curta O Caminho das Gaivotas, a primeira produção da série Histórias do Coração, fruto do acordo de cooperação cinematográfica firmado em 2009 pelos dois países que, como diz a produtora e coordenadora do projeto Patrícia Alves Dias, "têm tanto em comum."

E este "comum" vai além da latinidade estereotipada. Mais que a música, o arroz com feijão, a negritude, a alegria brasileiras e cubanas, a série quer dar voz a crianças que, cubanas ou brasileiras, querem se comunicar. Para dar voz ao filme, a equipe binacional escalou ninguém menos que Omara Portuondo.

A diva de Buena Vista Social Club dá vida à personagem da avó que conta, e canta, para as crianças. Já para "musicar" o filme, foi escalado o jovem maestro cubano Harold López-Nussa, que devia traduzir, em sons, a solidão de uma menina que não conseguia ser ouvida. Nussa, que cresceu em uma Cuba preocupada em acolher suas crianças, teve dificuldade no início. "Não conseguia imaginar como uma criança tenta chamar a atenção de um adulto e não é ouvida", disse, em uma tarde de mixagem do filme em São Paulo.

Depois de muito pensar, ele encontrou este "abandono" ao observar que hoje as crianças cubanas cantam reggaeton. "São letras tão absurdas que tenho vergonha de repetir. Percebi que, já que o reggaeton está em toda América Latina, as crianças estão sim abandonadas. É um abandono sutil, físico e emocional."

Para Patrícia, que percorreu Cuba e Brasil, ouvindo a opinião de muitos velhos e crianças, a infância precisa ser "ninada". "E é por isso que o filme se tornou uma história e uma canção de ninar. A criança precisa ser acolhida. Quando se põe uma criança por cinco horas na frente da TV, ela está abandonada", contou a coordenadora da "frente Brasil" do projeto financiado pela Secretaria do Audiovisual, que tem direção de Sergio Glenes e Daniel Herthel.

Em Cuba, a equipe conta também com Esther Hirzel, Alex Cabanas, Aramis Acosta Caulineau, Alexandre Rodriguez e Bárbaro Ortiz, do lendário Icaic. No currículo, são sete longas produzidos, dezenas de coproduções com a Europa. "E têm mais cinco filmes em pré-produção, todos com foco na infância. Estava mais do que na hora de nós, latino-americanos, produzirmos juntos. Mais do que uma política de Estado em cinema que aposta na nossa indústria da animação, é também política pela infância acreditar que nossas crianças têm o direito de serem ouvidas."

E como essas Histórias do Coração vão chegar aos ouvidos de nossas crianças? "Primeiro vamos fazer uma estreia em Cuba, para comemorar os 52 anos do Icaic. Depois, no Brasil, estreia no Festival Internacional de Cinema Infantil de Florianópolis, em junho. Em seguida, vamos exibir em vários festivais, nas TVs públicas, distribuir pela Programadora Brasil e, finalmente, fazer DVDs e distribuir na base do "quer? toma!". O importante é que a história seja contada."

Dilma anunciará novo valor do Bolsa Família no início de março

A presidenta Dilma Rousseff vai anunciar, no início de março, no contexto de atividades relacionadas ao Dia Internacional da Mulher, reajuste para o Programa Bolsa Família. O novo valor deve ser anunciado no dia 1º, durante visita da presidenta ao município de Irecê, localizado a 478 quilômetros de Salvador, em pleno sertão da Bahia.
O valor do reajuste ainda não está definido, e a ministra de Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campello, terá ainda nesta semana reunião com a presidenta para bater o martelo sobre o novo valor do benefício.

Dia Internacional da Mulher

O anúncio do reajuste vem sendo pensado no contexto de atividades relacionadas ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 93% dos usuários do cartão são mulheres. Por isso, o governo considera o programa importante para melhorar a situação econômica das mulheres.

A ministra Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, órgão ligado à Presidência da República, fará parte da comitiva presidencial na viagem a Irecê, onde participará da abertura da Feira da Economia, organizada por um grupo de produtoras rurais do município.

O Bolsa Família foi reajustado pela última vez em setembro de 2009. Os valores pagos hoje pelo programa variam de R$ 22 a R$ 220, dependendo da quantidade de filhos e da renda de cada família beneficiada. O valor médio pago pelo Bolsa Família é R$ 94.

Bahia

A Bahia é estado com maior número de famílias beneficiadas pelo programa de distribuição de renda lançado no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dados deste mês indicam que 1,7 milhão de famílias baianas recebem o Bolsa Família. Em Irecê, mais de 7 mil famílias são atendidas pelo programa, que neste mês atingiu a meta de beneficiar em todo o país 12,9 milhões de famílias

O segundo estado em número de beneficiados é São Paulo, com 1,2 milhão de famílias. Minas Gerais vem em terceiro lugar, com 1,1 milhão de famílias.

Além de Irecê, a presidente deve ir a Salvador. Na viagem, a presidenta Dilma Rousseff poderá anunciar ainda obras de construção de um terminal de regaseificação da Petrobras, na Baía de Todos os Santos.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A estrela quer brilhar em Suzano


Somos jovens! E mesmo com tanta diversidade, temos um lado, tomamos partido, somos vermelhos, somos socialistas, somos aquela estrela que brilha forte, somos da classe que dá nome ao nosso partido: o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras!

2. Sempre estivemos presente na história dos lutadores e das lutadoras do povo. Participamos de revoluções e guerrilhas, já fomos queimados, enforcados, perseguidos, caçados, procurados, clandestinos, desaparecidos e torturados. Eles tentam nos calar, mas não conseguem. Somos como a mosca do baú do velho poeta: se me matam, vem outra em meu lugar. Eles pisam nas rosas, mas a primavera permanece chegando, ano após ano. Não fazemos nossa parte, somos parte.

3. A convocação do I Congresso da Juventude e do PT é um marco histórico para que a juventude do PT tenha um salto de qualidade em sua organização e nas relações que deve estabelecer com a juventude brasileira e os movimentos juvenis.

4. Este momento na vida do Partido tem um significado importantíssimo e deve ser compreendido por toda a militância: trata-se de finalizar um capítulo da história do PT e iniciar um novo ciclo.

5. Investir maciçamente na juventude, além de ter enorme impacto político e social, possui também um significado organizativo: trata-se de combater o envelhecimento partidário e garantir a renovação de gerações, essencial para a sobrevivência do PT e de seu projeto político. Planejar estes momentos e conduzi-los a partir dos objetivos estratégicos nos trará a tranqüilidade e a certeza de que o projeto partidário não se esgotará junto com uma geração.

6. Porém, apesar de também cumprir uma tarefa para o amanhã, a luta da juventude pelo socialismo também se constrói hoje, no cotidiano, a partir da participação política efetiva deste enorme contingente de indivíduos no combate a todas as formas de opressão.

7. Neste sentido, a construção da JPT poderá contribuir sobremaneira na superação dos problemas políticos e organizativos vividos pelo partido atualmente.

8. A organização da juventude petista possui também a dimensão de organizar e mobilizar os diferentes segmentos da juventude por reformas estruturantes, além de formular e implementar políticas públicas. Mas isso não basta! A juventude organizada também ganha sentido estratégico no acúmulo de forças, na conquista de hegemonia e no avanço sólido de médio e longo prazo do campo democrático e popular e da luta pelas reformas...


texto base do primeiro congresso da JPT suzano.

Força Popular




Após renúncia de Mubarak, multidão grita: 'Egito está livre'
Na praça Tahrir, anúncio feito durante as preces contagiou manifestantes, que explodiram em euforia



O anúncio de renúncia do presidente egípcio, Hosni Mubarak, nesta sexta-feira, levou multidões à euforia na capital Cairo e em outras cidades do Egito.

Reunidos na Praça Tahrir, que virou símbolo dos protestos de 18 dias pela renúncia do líder egípcio, centenas de milhares de manifestantes explodiram em gritos de emoção com a notícia. O anúncio, feito durante as preces no Cairo, contagiou os manifestantes, que gritaram "O Egito está livre!".

O oposicionista Mohamed El Baradei, Prêmio Nobel da Paz de 2005 e ex-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, reagiu à informação dizendo: "Este é o melhor dia da minha vida. O país foi libertado".

Em toda a capital egípcia era possível ouvir carros buzinando em celebração para o anúncio ser feito pelo vice na TV nacional.

A renúncia foi anunciada pelo vice-presidente Omar Suleiman, em rede nacional. "Nessas circunstâncias difíceis pelas quais o país está passando, o presidente Hosni Mubarak decidiu deixar a posição da presidência", disse Suleiman. "Ele encarregou o conselho das Forças Armadas a diregir as questões de Estado."

Após o anúncio, o Exército divulgou um comunicado prometendo implementar uma variedade de reformas constitucionais em uma declaração em que o tom de comando era claro. A nota referiu-se à delegação de poder a Suleiman, sugerindo que os militares supervisionariam a implementação de reformas.

O comunicado foi divulgado após uma reunião do Conselho Superior das Forças Armadas do Egito, presidida pelo ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantaui. No texto, os militares prometeram suspender o estado de emergência que vigora no país há 30 anos "assim que a crise acabar" e garantir uma eleição presidencial "livre e justa" em setembro. As Forças Armadas também fizeram um apelo para que os manifestantes "voltem ao trabalho e à vida normal".

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Juventude desenvolvimento: o papel da lei do Aprendiz




"A Lei da Aprendizagem, nº. 10.097/2000, regulamentada pelo Decreto nº. 5.598/2005, estabelece que todas as empresas de médio e grande porte são obrigadas a contratar adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos. Se considerarmos somente a contratação pela iniciativa privada, mais de 1 milhão de jovens poderiam estar contratados como aprendizes, de acordo com a Relação Anual de Informação Social (Rais) 2008.
O Brasil encerrou o ano de 2008 com 133.937 jovens aprendizes, contra o total de 155.864 em dezembro de 2009, o que significa um crescimento de 27%. Segundo dados do Placar do Aprendiz, existiam no mês de maio de 2010, 206.735 aprendizes contratados. Apesar do crescimento constante, esse número ainda é pequeno diante do potencial atendimento e da meta de 800 mil jovens aprendizes no país em 2010, adotada pelo próprio governo, em novembro de 2008, após proposta de organizações da sociedade civil, como a Atletas pela Cidadania, o Instituto Ethos e o Gife.
Conhecer e aprofundar o entendimento sobre quais são os principais entraves para aumentar o número de jovens aprendizes é fundamental para fomentar a execução desta tão importante proposta. Hoje não pairam dúvidas sobre a estreita correlação entre a problemática de nossa juventude e os problemas que enfrentamos em nosso processo de desenvolvimento sustentável. Nenhum país tem possibilidades de competição no mundo moderno sem que a escolaridade média de sua população seja de no mínimo onze anos"

Esses são trechos do artigo Juventude e desenvolvimento: o papel da Lei da Aprendizagem, de Wanda Engel, Paulo Fortuna e Raí Oliveira, que recomendo a todos para a leitura do fim de semana, sobre como fortalecer e aprefeiçoar essa legislação e colocá-la à serviço dos jovens e do desenvolvimento brasileiro.


A Juventude do partido dos Trabalhadores de Suzano terá uma reunião dia 16-02-2011 com o secretário Mauro Rodrigues Vaz que responde pelo Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Negócios e Turismo na Prefeitura de Suzano sobre a lei do aprendiz e seu papel no desenvolvimento da Juventude em Suzano, destacamos a importância de sensibilizar o empresariado para a importância da Lei da Aprendiz.


Uma dica para sua leitura!

Livro discute a precarização do trabalho para a juventude
Publicado pela Editora Letra e Imagem, livro de Anderson Campos busca "Juventude e Ação Sindical: Crítica ao trabalho indecente"

Egito e a nova juventude do Oriente médio.


Quem acreditava que o "smart power" americano, financiador de desestabilziação de regimes anti-imperialistas, via treinamento de jovens, a partir de ONGs testas-de-ferro, para operar as novas redes sociais (twitter, facebook etc), seria um fator amedrontador de ofensiva dos EUA no mundo, caiu do cavalo com a revolução em curso no Egito.
Principal contendor das demandas das nações islâmicas no Oriente Médio, escudo de Isreal, o regime de Mubarak não tem mais como se segurar após 30 anos no poder e a oposição política é toda baseada nas idéias de soberania da região, embora com influência do fundamentalismo religioso, cuja expansão também tem origem, tanto na pobreza que os EUA permitem se abater nesses países, com seus governos títeres, como incentivado pelos estadunidenses para frear o nacionalismo árabe.
O ditador Mubarak (no melhor estilo "é um ditador, mas é nosso ditador") deixou como legado níveis astronômicos de desemprego e baixíssimos salários (40% da população vive com menos de 2 dólares/dia) e o resultado foi uma juventude em massa nas ruas, um milhão, ontem.
Ao contrário da contradição que muitos pretendem apontar, os jovens egípicios, maioria absoluta das manifestações, conseguiram criar um fluxo que levou a militância virtual intensa ao ativismo real. Uma juventude que quer oportunidades de emprego, mobilidade social, que tem a profunda identidade árabe-islâmica, pois esta é a principal identidade nacional dessa nações, como a Tunísia, que acabara de pôr abaixo outra ditadura pró-Washington, mas quer também o direito à diversidade, às novas tecnologias e liberdade, numa síntese geracional que tem tudo para colocar o mundo árabe num grande Renascimento de sua histórica importância política e cultural progressista. Esta ânsia de liberdade, expressa nessa nova síntese, nada tem a ver com assumir padrões ético-morais que favoreçam o consumo do "lixo ocidental", o que está, de fato, por trás das palavras americanas que falam em "democracia no Oriente Médio".

Os desafios da 2/ Conferencia Nacional de Juventude.

Os muito mais desafios da II Conferência Nacional de Juventude
Como presidente do Conselho Nacional de Juventude, Gabriel Medina acaba de publicar seu primeiro artigo Foi dada a largada para a 2ª Conferência Nacional de Juventude
, apontando o que considera as tarefas prioritárias da Conferência Nacional de Juventude, versão II.
Em três diretrizes básicas, ele propõe que a II ConPPJ discuta o Plano Brasil 2022, elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos então chefiada pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. O documento discute o Brasil a longo prazo, na áres de Economia, Sociedade, Infraestrutura e Estado. Gabriel sugere que "a juventude deve ser se debruçar sobre este documento e, em uma perspectiva geracional, apresentar ao Governo suas expectativas para o presente e futuro".
Mais à frente, afirma que "chegou a hora de afirmar quais são as políticas prioritárias do Governo Dilma, sugerir metas, prazos e como implementá-las com participação ativa da juventude". E também que a II ConPPJ "precisa deliberar de maneira decisiva a necessidade de avançarmos nos marcos legais da juventude e (...)a definição sobre quais são os direitos da juventude, quais são as políticas e programas prioritárias para garanti-los e qual é o modelo de gestão devemos ter para executá-los" .
Quanto à participação, Gabriel defende "novos mecanismos que ampliem a participação com a organização de um sistema que permita a participação virtual pela internet e as Conferências Territoriais, no âmbito dos Territórios da Cidadania, que permitirão maior participação dos/as jovens rurais, quilombolas, ribeirinhos e indígenas".

Ponderações ao artigo de Gabriel Medina

São propostas boas e criativas, com as quais tenho acordo global, mas pondero algumas questões:
Na primeira diretriz, que é a macro discussão geracional do País, de considerar o Plano Brasil 2022, faltou a necessidade de incluir um debate geracional também das duas principais novas agendas da Nação: a reforma política e a democratização/regulação da mídia. Imprescindíveis.
Na segunda, não vejo como atribuição da Conferência apresentar prioridades, metas e prazos da atualização da Política Nacional de Juventude, até porque é um debate que merece um cuidado técnico tal, até para não desqualificar a própria Conferência e Conjuve, incompatível com um processo de massas, ainda mais quando já é proposto uma reflexão de fôlego como a do Plano Brasil 2022. Penso que é tarefa sim - e está na ordem do dia! - para a ConPPJ legitimar um diagnóstico do que foi feito desde 2005, apontando os caminhos para avançar, respondendo a questões do tipo: "Por quê alterar o status da SNJ?", "O que fazer com o ProJovem Integrado?", "Qual o papel da SNJ na execução das Praças do PAC?", entre outras.
Só teremos uma agenda unificada eficaz da juventude (além da pauta legislativa) para a mobilização, como propõe o Gabriel no fim do artigo, se conseguirmos fazer uma articulação política das juventudes envolvidas e organizadas para confluir numa plataforma comum, onde, na minha opinião, a principal questão deve ser: como unimos numa política de juventude a coincidência da exploração do pré-sal com o bônus demográfico?
Sobre a terceira diretriz, não podemos perder de vista que as etapas intermediárias da II ConPPJ serão um momento fértil para estados, municípios, regiões, discutirem as políticas de juventude numa perspectiva local, abrindo espaço para os planos municipais e estaduais. Então, se por um lado, aprofundar os mecanismos virtuais de participação ajuda a dmeocratizar a participação, temos que pensar mais em como valorizar a participação municipal, regional (na divisão interna dos estados e geopolítica do País) e estadual, já que as Conferências Livres respondem bem às demandas de identidades mais organizadas, como indígenas e quilombolas, por exemplo. Poderia ser, sim, uma justa inovação, fazer as Conferências Livres eletivas de delegação, o que exigiria maior acompanhamento delas pela comissão organizadora, mas favoreceria a representatividade dessas coletividades e grupos de debates temáticos dentro do recorte juvenil muito relevantes, como a segurança pública. O Congresso da Juventude, da Prefeitura de Belém, de 2000 a 2004, experimentou um processo assim com os Congressos Setoriais, que tinham os mesmos objetivos das Conferências Livres.
Outra coisa que não se pode perder de vista é a necessidade de envolvimento e comprometimento institucional com o processo. É preciso avançar nisso em relação ao que foi feito na I Conferência, onde se valorizou razoavelmente as prefeituras, mas deixando meio em plano secundário o legislativo. Nesta versão, é importantíssimo envolver as frentes parlamentares de juventude estaduais e municipais (além da federal, é claro), e parlamentares em geral- sejam das situações ou oposições de qualquer nível federativo - nos processos em seus estados, regiões, municípios.
Por fim, se quisermos conquistar visibilidade dos nossos temas na sociedade como um todo , da importância dos jovens neste quadrante da História do Brasil, a II ConPPJ vai ter que dialogar intensamente com quatro atores essenciais, que devem incorporar nossos debates, refletir sobre eles e dar vazão deles à opinião pública: 1) o movimento social, 2) entidades empresariais, 3) Poder Judiciário, e 4) as grandes e alternativas imprensas locais e nacionais.
No 1), para a juventude deixar de ser um "setorial" em suas ações e organizações e eles incorporarem a dimensão estratégica dos jovens para o Brasil em suas pautas gerais.
No 2), para que possam incorporar a visão estratégica do investimento qualitativo na juventude, como fator de desenvolvimento econômico e social, de interesse delas e, portanto, objeto de suas preocupações e ações políticas com todo o peso que jogam nos rumos do Estado e da sociedade.
No 3), para iniciarmos o diálogo visando a transição de uma visão tuteladora para uma emancipatória da juventude e qual papel o Judiciário pode desempenhar nisso, contribuindo para o aproveitamento da nossa janela demográfica.
No 4), para tomar as discussões da sociedade, na que é organizada e passa ao largo dos dilemas da juventude, que não compreende o debate geracional, que tem preconceitos sequer a essa discussão, mas caindo também na desorganizada, conquistando uma visbilidade para além dos meios mais politizados e informados. Para tal, explicitamente, a II ConPPJ tem que ser pauta - "boa ou má" - dos "blogueiros progressistas", da Carta Capital, da Caros Amigos, do Correio do Brasil, do Brasil de Fato, e também da Globo, da Record, Folha, Veja, sem contar uma necessária e especialíssima cobertura da TV Brasil/EBC.

Foi dada a largada para 2° conferencia Nacional de Juventude


O ano de 2011 inaugura um novo ciclo político no Brasil. As eleições de 2010 renovaram a composição do Congresso Nacional, (re) elegeram novos/as Governadores/as e conduziu Dilma Roussef como a primeira Presidenta da República do Brasil.

A Presidenta Dilma assumiu o compromisso de avançar o projeto político iniciado por Lula. Porém, temos consciência de que as mudanças e o aprofundamento das transformações sociais e políticas no Brasil dependem da capacidade de organização e da pressão do movimento social.

O desafio da juventude se torna muito grande nesse contexto. Vivenciamos uma série de conquistas com a construção da Política Nacional de Juventude (Lei 11.129/2005), com a criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude, da execução do PROJOVEM e de políticas universais em várias áreas. No entanto, é preciso afirmar que as pautas da juventude ficaram fora do debate eleitoral e, ao que parece, é um tema periférico neste início de Governo. Muito se fez com Lula e, mesmo assim, estamos muito distante das expectativas dos/as jovens brasileiros/as.

Nos últimos anos, muitos foram os avanços no tema com a criação de conselhos e órgãos de gestão em inúmeros municípios e Estados brasileiros; com a aprovação da Emenda Constitucional 65 que introduziu a terminologia “Juventude” na Constituição Federal; com a realização de três edições do Encontro Nacional de Conselhos e; com a organização do Pacto da Juventude subscrito por inúmeros candidatos em todo o Brasil.

O ano de 2010 foi marcado pela maior população jovem de nossa história: 51 milhões. Nas próximas três décadas o Brasil viverá o chamado bônus demográfico, período que teremos uma população economicamente ativa maior do que a dependente, que atingirá seu pico no ano de 2022. Esta, sem dúvida, é uma das maiores oportunidades já vividas pelo país, somada ao bom momento político e econômico do Brasil com aumento dos empregos formais, diminuição da desigualdade social e a possibilidade de consolidação do processo democrático. Por isso, o Brasil está diante de uma oportunidade única e o lugar que assumirá a juventude neste processo é uma questão central para projetar uma sociedade justa, desenvolvida e que assegure qualidade de vida aos seus cidadãos.

Portanto, a realização da 2ª Conferência Nacional de Juventude, convocada por Decreto Presidencial no dia 12 de Agosto de 2010, com previsão de realização no ano de 2011, ganha centralidade na agenda política das juventudes. Estas precisam afirmar o seu direito de participar como sujeito estratégico do projeto de desenvolvimento do Brasil.

Na gestão de Lula, o Governo Federal desenvolveu o Plano Brasil 2022. A proposta traz uma reflexão sobre o futuro do país, fixando metas para 2022, ano que o Brasil comemora o bicentenário de sua independência. Coordenado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), com representantes de todos os Ministérios, as Casa Civil e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) o plano foi dividido em setores: Economia, Sociedade, Infraestrutura e Estado. O Plano constrói um balanço de cada setor e apontou metas e ações para os próximos anos no mundo, na América do Sul, no Brasil e também sinalizou metas para os próximos 100 anos para o país. A juventude deve ser se debruçar sobre este documento e, em uma perspectiva geracional, apresentar ao Governo suas expectativas para o presente e futuro

Um salto necessário

A 1ª Conferência de Juventude foi um marco importante para o Brasil. Mais de 400 mil jovens participaram de um processo inovador, que se tornou referência para a democracia participativa brasileira. Como exemplo, citamos a realização de Conferências Livres em todo o território nacional. Naquele momento o lema da Conferência foi “Levante sua Bandeira”. Foi a oportunidade de os/as jovens apresentarem à sociedade brasileira seus anseios e demandas.

A 2ª Conferência Nacional de Juventude precisa dar um salto de qualidade, que amplie sua capilaridade e contribua para que a juventude opine sobre os grandes temas do país. Chegou a hora de afirmar quais são as políticas prioritárias do Governo Dilma, sugerir metas, prazos e como implementá-las com participação ativa da juventude. Para tanto, será preciso uma Secretaria Nacional de Juventude mais vigorosa, que consiga de fato assegurar a transversalidade de políticas universais que atendam a juventude no conjunto dos Ministérios de forma integrada, desenvolvendo sua capacidade de coordenar programas específicos inovadores.

A 2ª Conferência precisa deliberar de maneira decisiva a necessidade de avançarmos nos marcos legais da juventude e, portanto, fazer avançar as leis que tramitam no Congresso, como o Plano Nacional de Juventude e o Estatuto da Juventude. Nesse sentido, a definição sobre quais são os direitos da juventude, quais são as políticas e programas prioritárias para garanti-los e qual é o modelo de gestão devemos ter para executá-los, devem constituir as questões provocadoras para a elaboração do texto base que circulará pelo Brasil para a discussão.

A nova proposta de regimento da 2ª Conferência Nacional de Juventude apresentado pelo CONJUVE busca defender aspectos positivos da 1ª Conferência, como as Conferências Livres e criar novos mecanismos que ampliem a participação com a organização de um sistema que permita a participação virtual pela internet e as Conferências Territoriais, no âmbito dos Territórios da Cidadania, que permitirão maior participação dos/as jovens rurais, quilombolas, ribeirinhos e indígenas.

Por fim, a 2ª Conferência deve disparar uma discussão nos movimentos, organizações, redes e fóruns de juventude para a construção de uma pauta unificada da juventude que ajude a consolidar um calendário de lutas para o próximo ano. Sem luta social organizada, sem pressão política, dificilmente avançará a Política Nacional de Juventude.


*Gabriel Medina é presidente do Conselho Nacional de Juventude

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

JPT Suzano Chegou nossa vez


Após o primeiro encontro da Juventude do Partido dos Trabalhadores em Suzano onde foi muito discutido o calendário de atividades e os enforques prioritários da JPT Suzano 2011, Temos como pauta a realização de um calendário de formação política anual e a realização do 2° Congresso do Partido dos Trabalhadores Municipal que será necessária a partir de dois enfoques prioritários: O primeiro centrado no avanço rumo à consolidação da Política Nacional e Municipal de Juventude e o outro debate na câmara sobre o estatuto da juventude e coordenadoria de juventude e o debate sobre os rumos da pauta no governo Dilma e os do Governo do Marcelo candido prefeito de Suzano.,

Nos últimos 10 anos, o tema da juventude ganhou força inédita Na Cidade De Suzano, a partir de iniciativas de inclusão aos jovens e devesas PPJ exemplos como, ProJoven um programa de compensação , Juventude cidadão e, finalmente, com a recente inauguração dos espaços de capacitação estudantil em Suzano, como A UniPiaget Brasil que abre vaga para 1,5 mil estudantes em Suzano, também O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia o primeiro no município governado pelo nosso prefeito petista Marcelo Candido. Bastante animado, Marcelo explicou que a unidade reúne cursos tecnológicos e superiores, e com investimento futuro poderá oferecer também pós-graduação. "Vai formar nossos jovens para o mercado de trabalho, que abre vagas todos os dias", completou. “Que contou com nosso ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva para participar da inauguração do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), no Jardim Monte Cristo e deixou uma mensagem para os Jovens da Cidade ‘“ Olhe para mim como seu exemplo, Pois era um metalúrgico e hoje sou presidente não é hora de se cansar”

Tivemos muitos avanços em Nossa cidade: como a realização da 1° conferencia Municipal de políticas publicas para a juventude e a realização pelo governo e movimentos Jovem da cidade do 2°OP (Orçamento Jovem) estes espaços que são extremamente importante para PPJ e democratização da sociedade e entende os jovem como protagonista de sua historia capaz de decidir seu rumo, Os movimentos em Suzano é pioneiro nas discussões do Passe livre estudantil, e coordenadoria de Juventude e Conselho de juventude, a juventude do partido do trabalhadores entende reconhece os avanços no Governo l prefeito Marcelo Candido do PT mais sabemos que temos muito a avançar e hora de ir as ruas e trabalhar.
A JPT Suzano abriu dialogo nesse ano com a acessória do Prefeito Marcelo Candido, Respondendo André Rota Sena chefe de gabinete os temas de Juventude é a Séc. de Participação Popular de Suzano para a realização da 2° Conferencia Municipal de Juventude, Conselho de Juventude e Coordenadoria De juventude.

No próximo dia 06/02/2011 a juventude torna a se encontra na sede do partido dos trabalhadores de Suzano na Av. Mogi das Cruzes,63 as 9:00 para organizar um coletivo que vai acompanhar de perto os diálogos e encaminhamentos)